Da minha tropilha crioula que mal chegou do banhado, trazendo barro encruado cardando pêlo e crina Aparto o mouro tapado pra sentar um cogotilho e acomodar meu lombilho pra lida que é minha sina. Quando encilho pra um rodeio minha rosilha prateada uma corneta afiada vai desenhando o pescoço sento um de passarinho pra depois correr um cacho desses de mansar de baixo só pela arte de moço. Porisso que de a cavalo num pingaço bem tosado me sinto tão arranchado na Querência tricolor Porque me gusta demais a contra-dança parelha da franja lambendo orelha de um gateado escarceador Pelos vinte de setembro numa zaina amilhada que abanando a cola atada e embalando o meio-toso Faz sua reverência firmando a marcha troteada na avenida que é morada pra o campo fazer seu poso Que lindo um ponta de lança de um pulso bem calibrado, em matungo bem tosado um defeito vira nada Se o toso for beliscado eu tenho uma lei sulina: faço um de cola e crina e devolvo pra invernada.