Guitarreiro sobre um cepo Inda antes um mateador Quem sabe em cada acorde Aos poucos eu mate a dor . Tão saudoso te procuro, Minha clara lua linda, Não te vejo... sou mais triste Neste quarto que não se finda! Mais um dia eu bombeava E o meu rosto refletia - um pouco do que me entregas- Num jeitão de quem sorria Promissor pra quem te ronda É por certo esse teu riso ...te regalo uma milonga E me basta ... é o que preciso! FAÇO UM VERSO PRA MILONGA, BEM NO QUARTO QUE ÉS INTEIRA... ...ATÉ ESTRANHO O MEU ROSTO POIS A NOITE QUE É TRIGUEIRA! GUITARREIRO SOBRE UM CÊPO É LOGO MAIS MATEADOR... QUANDO AMANHECER , VOU VÊ-LA SEM UM NACO DE DOR! Já temi o teu semblante Em que vais minguando o claro Mas teu sorriso ás avessas Aos meus olhos já é raro Pois me abanco junto á aguada - sem os remansos do dia - Tem teu lume ao meu agrado, De um tempo sem nostalgia! Talvez, eu suma um dia E não me veja te olhando Pois sou bem menos que o tempo Que acaba me levando! ...mas é só buscar na volta Tremeluzindo uma estrela: - quem sabe eu do teu lado- Na ansiedade de tê-la!