Não existe moça feia Todas são puras e belas A questão é um jeitinho Que jamais faltou à elas E, além disso, elas Têm nankim Têm zarcão Têm carmim e algodão Têm mil prendas Fingimentos Da beleza monumentos! Moça de corpo mal feito Não existe atualmente! Graças aos quartos supostos Que dão forma tão decente E elas inda são mais lindas porque Têm nankim Têm zarcão Têm carmim e algodão Têm mil prendas Fingimentos Da beleza monumentos! E as moças de pernas finas Morreram o sec’lo passado Hoje todas tem-não’as grossas E o pezinho delicado Além disso elas Têm nankim Têm zarcão Têm carmim e algodão Têm mil prendas Fingimentos Da beleza monumentos! As de olhos feios, petiscos Encontraram salvação Usam pence-nez escuro Que lhes dá muita expressão! Mais bonitas são, porque Têm nankim Têm zarcão Têm carmim e algodão Têm mil prendas Fingimentos Da beleza monumentos! Não se vê moça banguela Qu’era falta extraordinária Esse defeito sumiu-se Por graças da arte dentária! Para o mais, elas Têm nankim Têm zarcão Têm carmim e algodão Têm mil prendas Fingimentos Da beleza monumentos! Aos domingos na avenida São lindas de arrebatar Porém na segunda-feira Ficam feias de espantar Creio que é porque elas em casa tiram O nankim O zarcão O carmim O algodão E as mil prendas Fingimentos Da beleza Monumentos!