De mais de quarenta léguas Foi povo pra’ra apreciar A barra lá do Cauhype Que estava para arrombar Eu também fui Eu também vi Curimatans e cangatys Arrombou e foi embora Mas deixou no Ceará Trahyras, curimatãs Cangaty, muçu, cará Homens, mulheres, meninos Viviam só de pescar Todos enchiam seus sacos Pois tinha peixe a fartar Comboios de peixe seco Eram de dar co’um pau A carne de sul deu baixa Aboliu-se o bacalhau Bodegas, tendas, quitandas Ficaram bem atulhadas Houve banquetes de luxo De curimatãs salgadas No cafezinho Holofote Não se fez mais mugunzá Mas se fazia omelete De carangueijo e cará Ao ver-se gente na rua Com um caixão carregado Nada mais se perguntava Pois, era peixe salgado Entretanto o reumatismo Seu progresso ia fazendo E os tais peixinhos da barra Cada vez mais se vendendo