É melhor do que bom vinho Mais gostoso que cará Só igual ao seu gostinho É da morena um beijinho Dado com certo jeitinho A’s ocultas do pápá Quando vejo-te ostentoso Em um copo de cristal Por Deus! Que fico baboso Sinto-me todo ansioso Fico mesmo revoltoso Como o mar em temporal Misturado com cachaça Chamamos peru sem osso! É leve como fumaça Tem certa cor, certa graça Que vai fazendo pirraça Tanto ao velho como ao moço Da meia noite pro dia Quando o mundo fica baço É tal qual fuzilaria Quem toma-lo se arrepia E faz muita estrepolia Com ele preso ao cachaço! Nas noites lindas e belas Quando a luz beija a areia Nos arrabaldes, vêm elas As morenas tão singelas Dar aluá em tigelas E eu bebo tigela e meia Se no céu lá entre os anjos Houver aluá também Vou fazer certos arranjos Para viver entre arcanjos Deixando aqui os marmanjos Que não me quiserem bem Todos que têm morrido Filhos cá do Ceará Se foram bem doloridos Deixando a terra, sentidos Soltando fundos gemidos Com saudades do aluá