É meu olho que desata o nó da boca. É meu olho que delata o jogo sujo, meu. Olho é quem tira a tua roupa, E dilata toda vez que olha pro seu. O meu olho deixa tua voz tão rouca, e me lembro do reflexo do teu no meu. Meu olho denuncia que eu sou louca, E maltrata meu juízo e até o seu. É no olho que eu escondo os meus desejos e me guardo da loucura de não ser. Pirilamparina dentro do juízo, Claro, escuro. Olho aberto e o nosso jogo se perdeu O meu olho já não pisca se está perto, e a miopia me faz enxergar você, Dentro da retina um desenho tão concreto, Mente insana corpo e alma abertos pra te receber.