Se existisse viagem no tempo Já sei qual seria a minha O fim dos anos 40 No Morro da Serrinha Chegar lá no berço do Samba Seria sensacional! Descer na Estação Magno Vindo no trem da Central Iria lá perto da bica Ver o pranto do Seu Molequinho Pôr o meu nome na história Do Glorioso Reizinho E na Travessa Alice Aos mestres, ir me juntar Para ver o Império nascer E a poesia ter o seu lar Império Verde e branco, Império Uma Escola de Samba Onde o Sambista é quem exerce o Magistério Com o sorriso no rosto Aquele de quem já sabia Beber um gelo no Morro Com o povo da Serrinha Pra ver a imensa alegria Imperando naquele lugar Confesso, o difícil seria Ver esse dia acabar Depois do troféu da vitória Eu já poderia voltar Sabendo que vi uma história Que jamais irá se apagar Se alguém inventar essa máquina Vai ter que viver me aturando Pois sempre vou visitar O berço do Império Serrano