Tá lá, sozinho no caminho um velho moço Que já teve tudo um dia mas hoje não tem mais Tá lá, lembranças que consomem teu semblante Tão sem vida quanto a mente desprovida de paz Tá lá, um pobre homem que chegou no fim da vida De tão pobre, sem história, só há dinheiro pra contar Tá lá, colhendo o que plantou durante a vida Uma vida onde a moeda valeu mais que seu lar Viva cada momento, cada melodia, cada dia faça uma canção Sinta a energia de um abraço, a pureza num sorriso de criança Amar vivenciando coisas simples sem pensar em receber nada em troca Tá lá, um jovem ambicioso e em sua mesa um balantine E um jarro de flor sem vida Tá lá, o coração tá mais vazio que a cadeira da família Que o espera em casa pra jantar Tá lá, momentos importantes que se perdem Entre o ego, intolerância e sua ganância Tá lá, um espelho na parede Refletindo a vida de uma criança sem infância