Pega um banco e me escuta bebê Acredite quando o madara te dizer Que a melhor coisa da vida é se perder Na toca do coelho onde ninguém te vê Lá onde tu sente de tudo acontecer De uma forma diferente tu vai perceber Que às vezes alguma coisa tu tem que perder Pra de alguma forma tu conseguir vencer Que é sendo pequeno que se pode crescer Igual Naruto há um poder oculto em você Quando então em fim a gente não se render Pra qualquer merda que venha tentar nos prender Inspirado em qualquer conceito demodê Que criminalize o nosso velho abc E quer fazer pouco do nosso jeito de ser Que quer privatizar o nosso amanhecer E a gente aceitou tudo sem perceber Que tudo é propaganda feita para vender Que esses bostas se esforçam pra nos convencer Que é do jeito deles que devemos viver Ow tira essa mão de mim, meu irmão Não quero ser pacificado pelo caveirão Também não quero aceitar a paz com o vilão Que sempre larga o nosso povo na solidão De domingo a domingo pra ganhar o seu pão Que do nada sobe o preço do arroz, do feijão Fazem grana com nossa dor na televisão Pra no final de cara lisa e sem compaixão Dizer que a gente é traficante ou que é ladrão Pra justificar o porque daquela agressão Pra normalizar aquele sangue negro no chão Nossa cultura sempre tá na moda e nós não Racismo estrutural não se desfaz com textão Tem tanto preto se odiando aí sem visão Reproduzindo preconceito do alto escalão Fazendo corre pra logo se encher de cifrão Pra comprar kit caro, tênis, ice, carrão Fortalecendo a forte indústria da dominação Enquanto segue se sentindo só na multidão Não adianta o seu lean, seu pó, seu balão Olhe ao redor maluco e saia dessa ilusão Sempre foi nós por nós, não adianta invenção Nada é mais forte do que o porte dessa união E eu já tô puto, com o fruto da alienação Olha pra mim que eu vou falar, me escuta cuzão Ae o seu folha da puta olha como tu olha pra mim Pra quebrar dente de fascista Sempre pronto Sempre afim Eu vou pisar no seu pescoço com boot falsificado E a bermuda do reggae com o rosto do bob do lado O ódio que eu carrego vem de geração pra geração Não é com consciência humana Que tu vai me ter na mão Nessa série da vida já decorei todo episódio Do pobre só ter tristeza quando devia ter ódio A favela pede paz Só que já pediu demais O sangue corre pela frente E a esperança ficou pra trás Ninguém aguenta mais Sentir o corte dessa faca E viver em idiocracia E desgoverno de babaca Essa porra não vai mudar Mesmo que tire ele de lá Porque o sistema é que é foda E bota outro em seu lugar Só que agora o que nos sobra Sendo pobre sem dinheiro É juntar um ninho de cobra E tocar fogo no puteiro Tipo gang organizada sucesso da Netflix Preto pobre e informado é a falha da matrix Com minha faca e o seu sangue Escrevo a sua decadência Ilumino a ignor ncia Com a vela da ciência Não tenho mais paciência Pra ouvir terraplanista Coach qu ntico, astrólogo e o medo de comunista Porque conspiracionismo só tem uma serventia Te deixar alucinado no mundo da fantasia E é só nesse campo mano Que eles podem jogar Porque aqui no mundo real Eles não tem pra trocar Idiotas sempre falaram e ninguém nunca ouviu Agora eles tem voz apelando pra fake news Porque raiva burra é muito fácil manipular É só distorcer na TV o quadro que querem pintar Os cara lava tua mente mano é você nem vê É tão mais fácil se tudo no mundo é culpa do petê Tudo certo nada errado o inimigo tá criado Agora eu só preciso manobrar bem o meu gado E os inimigos são também os inimigos de Deus Petistas, comunistas, feministas e judeus O povo manipulado não é nenhuma inovação Não é a toa que se investe tão pouco em educação E te querem calado, conformado, assustado E eu que eu quero tá ligado é ser agente do contrário Pro Sol do conhecimento fingimento não é páreo Se for preciso eu te piso pra mudar esse cenário Se você me ignora, quer saber o que acontece Sem tremer, tu vai receber a merda que tu merece Quanto mais eu vou te ouvindo, mais meu ódio vai subindo Eu vou fazer de tudo pra ver o seu império caindo Gosto de ficar em casa e ver um pôr do Sol lindo Quer saber? Eu quero mesmo é viver te desmentindo