Suas merda, não me afeta, pega a reta Ou nóis te cerca e te quebra Eu corto igual navalha, tu queima feito palha Enquanto nóis se espalha, eu sou a sua falha Você me disse o que comprar Em quem devo votar, e até que cachaça eu devo tomar Cabou a paciência, aqui é resistência A nossa consciência é a sua decadência De forma tradicional, você trouxe o mal Pelo WhatsApp, Facebook e jornal Sei que deu risada, da gente manobrada Cabou a palhaçada, sua hora tá contada Você não quer minha cultura, meu povo amargura A falta de estrutura, que vem da escravatura Eu não sou seu bicho, pra viver nesse nicho Mas com muito capricho, vou te jogar no lixo Agora é hora do contrário, de mudar o cenário E pra quem quis tirar a gente de otário Você vai ver, oprimido empoderado Pobre bem informado, erudito favelado Me deixou numa bolha obrigado a escolher Ou eu baixo a cabeça, ou não vou ter o que comer Silenciado, ameaçado, sigo revoltado, o que é teu tá guardado Querem manter o povo preto, sempre invisível Cala o que a gente fala, sempre que possível A pior nota, na gente ele bota, faz luta de chacota, criticando cota O que eu passo sorrindo, chorando cês não guenta Com preto é assim, 111 ou 80 Ôh seu cabaço, não sabe o que eu passo Se informar pelo face e Instagram é muito fácil A realidade do pobre, acredita saber Mas sua mente pequena, não permite se envolver É como eu digo, emprenha de ouvido Sabe do perigo, de viver onde eu vivo Do conforto do seu lar, muito fácil falar Jurista de internet, valentão de celular Afogado na sua mediocridade Repete frase feita e ignora a realidade Seria fácil te quebrar aqui no mundo sensível Mas você se esconde no inteligível Do conhecimento você mantém distância O seu alimento é a ignorância Cê sabe bem do que é que eu tô falando Ideia que nasce do medo, não é segredo merda acaba dando Na Alemanha, por medo e desinformação O ódio e o preconceito se espalhou pela nação E algo parecido, é claro, aconteceu aqui Até denúncia séria é taxada de mimimi A dor do outro, agora é algo que nos atormenta E a pátria que era amada, hoje é só violenta E a classe média se vestiu de verde e amarela Medo que o condomínio virasse uma favela Rezou pra que a crise não te empurrasse do abismo Sem tempo pra pesquisar, se baseou em achismo E esse meio é um prato cheio pra o oportunismo Operação padrão do capitalismo Um grupo sujo de lobistas e especuladores Determinam o fracasso e O sucesso de setores Enquanto isso na massa, a bagaceira tá feita Verborragia vazia, esquerda contra direita Em 4 anos vai acontecer tudo de novo Briga por interesses, esquecendo do povo Perdidos, seguimos cortinas de fumaça Com esse costume podre de inventar ameaça Tu não conhece o vilão, você só imagina Ele não tá na favela vendendo cocaína Quem é que cria a crise? Quem cria a violência? Faz presidente olhar pra ele e bater continência Eu tenho paciência e quero contribuir Querem nos controlar, mas não vão conseguir A minha arma é microfone e revolta O que vocês tomaram, é claro que eu vou pegar de volta Eu que não quero que isso aqui fique só no discurso Conhecimento é nosso armamento absoluto Trabalhador organizado alinhando a mente Alinha os imperialista e descarrega o pente Que esse papo brabo não tire seu apetite Eu vou te alimentar com a carne da elite