Em tanto tempo eu tentei Descobrir quem eu sou Vaguei por aí, me perdi de mim E o que restou? Alguns cacos empíricos, Testes fatídicos E o paraíso que eu mesmo crio No instante que estou O peito aberto, punhos fechados A cara suja, constante luta Pelas idéias que eu mesmo criei Mudanças de ares, me perdi em mares E não sei Quem eu sou, o que me formou E deixou assim Idéias avessas Estrelas, centelhas Sem telhas minha casa Que construi com o que sou O peito aberto, punhos fechados A cara suja, constante luta Pelas idéias que eu mesmo criei Estranho eu sei, não sou normal Tão pouco igual a mim O espelho reflete, não me reconhece Mas sei que sou tudo que vivi