Eu não me agüento mais aqui, Preciso é de um lugar mais fácil Com gente que eu nunca vi - Ninguém pra me censurar. Quero jogar com o meu azar E ver quem vai ficar nu. Olha, o ônibus já vai sair, Vou pro ânimo do aluguel E do serviço médio que eu vou ter. Guardo a lágrima que não cair Para a dádiva e pro meu troféu De me desembargar do padecer. Lá vou ser bonito e astuto, Conjurando este matuto, Tendo o amor de quem nem sabe ler. Vou juntar cacife e orgulho Pra esquecer-me deste embrulho e Aí fingir que eu soube viver.