A insônia é um estudo dos senhores da ciência Que investigam sua briga com a velha sonolência Qual findou-se em assassinato, sem nenhuma condolência. E o repouso, paga a pena, por tão suja delinquência. Aos insones, toda sorte, pra nunca cair na insânia. A insônia é um vestígio de quimera de criança Cujo estende pelas horas uma cega esperança Que acredita, vale a pena, ter esta vil militança Almejante por presságios que serão, depois, lembrança. A insônia é um mancebo por demais desinibido Que nos mostra como é triste ter problemas com libido Ao agonizar na cama, com desejo reprimido, Se tocando até virar um vegetal desenxabido. Aos insones, toda sorte, pra nunca cair na insânia.