Eu sou cantor Por vocação E faço pôr o mundo dentro Da canção. Vou sempre estar Onde houver Alguém cansado de trabalho Ou mulher. Eu canto em festa de coreto Pra gente que é bem falada, Também pra gente já nem tanto assim Em boite em beira de estrada, Biboca, calçada, Sarjeta. Levo na voz Pranto ou prazer Pois canto aquilo que não se diz Sem tremer. E tem quem pague pra eu rasgar o peito, E tem quem pague pra eu calar a boca E aquele que não paga nada, não, Que é o bom amigo que está longe, oi Na estrada, lavoura, Biboca, calçada, Sarjeta.