O silêncio é a poesia entre as palavras Saudoso Assis, que sem cisma sem susto Foi quem sempre quis Teus risonhos, lindos campos têm mais flores Moldada nas coxas em taipas de pilão e pau a pique Faço do falso uma clava num repique que repara E o que se mistura também se separa Manauara Menino que bebe da fonte do Igarapé Sem isso eu num seria Com a sua permissão Noel E eu sei que você quer Lustra em minha alma a Bohemia E na recaída o canto me conta Que quanto mais eu caio, mais eu vou perdendo a conta E peço uma ajuda para a minha cura Cariris, Xocós, Tupis Folha de arruda sempre pura Ser quem sempre quis Pó preto que vicia, na bacia tem café Chá mate erva que não mate, mas fica de pé Dedilha sua ira com a líra de Joseph Há quem prefira, defira 3 tiros no pé A bete balança, ginga de caipora Carcará em Cambuquira proseia pro mundo a fora Caipira Brasileiro rumo a direção da feira Flow brabo swingado na ginga de capoeira Desço ligeiro e sinto o cheiro da floresta No nevoeiro pra essa mata eu faço uma seresta Senta na calçada o violeiro vai tocar E da mulher amada o peito dele vai chorar Canta um Cartola com sotaque em Youruba Adoniran Barbosa fim de tarde toma um chá Que da Elis a Regina breve num paro nunca Um sorriso leve bêbado de Zélia Duncan Toquinho tocando de frente pro mar De costas pro bar, me faz lembrar laraia Um menino, que se perdia na levada do trompete Que costurava o som do mar 40°C Floripa mais um dia Ventilador quebrado, suor misturado e eu virado na alegria Corre pro mar só não esquece o violão Que eu quero deitar e fazer uns deirundón Para, pensa, talvez c nem precisa Monta no palio 2003 aquele cinza Tá quebrado o para brisa, o para-choque De preguiça nem tem torque Na sorte e improviso aviso que tamo no forte Na barra na Joaca Sei que você é fã da lagoinha mas se pá nem pega nada Canas, Campeche, Jurerê ou um jet em Jacumã Guardar dinheiro pra passa uma tarde em Itapuã Independente da ferida, a alma fica querida De acordo com as praias que ela conheceu em vida O Brasileiro insiste e vive Aquele que existe e canta, num desiste e levanta Até que rasguem a garganta A mente a mil mas na vida tá calada O grito sai pela viola enluarada Pelo tapa no pandeiro, pela dança no terreiro Na herança do pretin que tá de pé o dia inteiro Brazuca cravejado da quinta essência Cadencia que bate no peito e desde o parto Prova essência Entre o ventre e compasso Renova se o passo, rei congo cangaço Cantando aquilo que comigo eu carrego no traço Talento O samba mais bonito é cantado no momento Música daqui é pra fazer sorrir Qualquer lugar em cima do chão e debaixo do céu tá bom p mim Ninguém cantava o que eu queria ouvir Eu fui lá e fiz um som Preto que parava quem o fazia rir Se pá eu tenho um dom Moço teimoso só trabalho pelo almoço Trabalha a toa Trabalho grosso, vai respirar eu ouço Minha inspiração é inspirar as pessoas E a jaca só pra cheira bem Doce suave que aguça eu sou refém E vem me dar um abraço sem espaço E sem tempo e ai prometo que tudo fica bem