Em mais um dia de Sol Ele acordou disposto a sobreviver E tentar segui por entre As batalhas da cidade grande Café com pão na mesa E paz no coração lá vai seu João A mente está suave empoderada na fé e na razão E depois de comer já tem que correr Pois o tempo que perder não volta não Vai, vai, vai trabalhar seu João Piloto da guerrilha do pobre Que luta limpando este chão Sustenta sua mulher e seus filhos Não pode dar mole não, não A sua armadura é o seu uniforme de gari E a vassoura na mão Debaixo do Sol quente limpa ruas E praças no meio da massa Com seu semblante de paz despeja Seu amor nos lugares que passa Vai, vai, vai trabalhar seu João Piloto da guerrilha do pobre Que luta limpando este chão Seu João é um cidadão de pele negra Que vive no nosso Brasil Que aos nove anos de idade saiu de casa Em busca do que nunca viu Maldade não mora no seu coração Ajuda o próximo como se fosse seu irmão Morador de favela, querido por todos, pérola da periferia Vai, vai, vai trabalhar seu João Piloto da guerrilha do pobre Que luta limpando este chão Seu João, vai trabalhar seu João Seu João, pérola da periferia