Acabei de sair de casa Com a cara amarrotada Deixei o ferro na tomada Alguém precisa desligar Procurei minha vontade na escada E saí sem encontrar nada Já botei o pé na estrada Veja o tempo que ganhei Vejo várias faces duplicadas E eu já não sei se é meu problema de visão Ou se comecei a enxergar além... Uma a uma, cada qual com seu oposto Cada rosto, um mistério Que eu não desvendei E essa pressão, que eu nem sei de onde vem Eu preciso respirar, eu preciso de algum motivo Olho para os lados e não vejo mais ninguém Eu preciso respirar, eu preciso me sentir mais vivo Como o tempo passa devagar! Me deram uma hora para compreender Resolver os meus problemas emocionais Não vejo a hora de voltar Para casa Para o nada Chegou a hora, eu vou embora O cansaço triplica o peso dos meus ombros E é tanta dor, que eu nem sei o que fazer Pensamentos passam embaralhados Se opondo ao linear Mas estou satisfeito E eternamente grato No meu ato de quietude, já percebo a perturbação Minha velha amiga retorna à casa E essa pressão, que eu nem sei de onde vem Eu preciso respirar, eu preciso de algum motivo Olho para os lados e não vejo mais ninguém Eu preciso respirar, eu preciso me sentir mais vivo De nada adiantou De nada adiantou