Quinzinho

Só Vale o Escrito

Quinzinho


Riscando a pedra com sangue e semente
O homem, a escrita começou
O esperto do chinês o papel criou

E no Egito
A grande ideia tratou de copiar
De lá para cá

E ninguém mais acredita no bigode enganador

Ah dona cegonha
Traga no bico minha certidão
Quero estudar
Para ter um canudo na mão

Deu meu bicho na cabeça, deu, deu, deu
Era a grana do aluguel que o cartório comeu

Eu fui me rezar
Pro olho grande se afastar daqui (da Sapucaí)
7 galhos de arruda e azeite de dendê
Foi a receita que a vovó passou para mim

Seu doutor para me curar
O desquite receitou
Mas o meu mal era mal de amor
Não há remédio para curar a minha dor

Dando adeus a essa vida
Só a paz e que me importa
E no baile da caveira tudo a brasileira
Meu Deus ainda encontro um agiota

Eu acredito, eu acredito
Assinado Viradouro
Só vale o escrito