Ogum abraça Xangô, Serrinha O Agogô vai marcar o teu Alujá Artista do povo, sambista perfeito Teu canto é nobreza de Orixá Levanta Candeia e te ilumina Acordes encontram tua melodia É partido alto, favela e asfalto É banjo, é cacique, o mais popular De todos poetas que brotam de lá O fundo da alma o dom de tocar Suburbano nato, malandro de fato Orfeu conquistou a porta bandeira Quem cantou o amor e a pureza da flor Também encantou Madureira Na passarela, no altar do carnaval No desfile principal, refletiu na sua tela E dentre os filhos da coroa imperial Seu talento genial completou nossa aquarela Óh! Mãe, negritude mãe Te fez caminhar de cabeça erguida Fazer da caneta a lança pra realizar O sonho da vida O verde na pele é nossa esperança O branco é a força de pai oxalá Reizinho é o seu lugar Imperiano não perde a fé De novamente ver brilhar a sua luz O nosso Império é inspiração e axé Da poesia de Arlindo Cruz