De devaneios Já tô de saco cheio Perdendo o meu tempo Com o que eu não quero fazer Ser educado Com um sorriso largo E uma bela frase pronta Que eu acabei de aprender A mesma roupa O mesmo Cabelo Te dou futilidade E você da o seu dinheiro Pra nossa mesa ficar bem farta Doces, refrigerante e comida congelada Diga a verdade Ou conte uma mentira Que traduza essa saudade E liberdade é só disfarçe Quando se tem um preço Pela tal dignidade Então vai Alimente o ego Alisa o cabelo Atrofie o cérebro Faz foto do espelho Vamos consumir Vai te consumir Vai te consumir Então vai E o que restou Um refrão sem graça Como tudo passa Somos o que sobrou Da juventude fraca Que não lutou por nada Você está cansado de ver Que não muda nada Por que então não muda você Outra jogada Sei que quem despeja saber Não sabe nada Mas quando se quer conhecer É longa estrada Vive de aparências Só que a consequência É viver sozinho A beira da demência Rompa a fronteira Ame quem te odeia De tudo que é concreto Só sei que sou poeira E eu que queria gritar Hoje sussurro Ando de encontro a você Futuro E o que restou Um refrão sem graça Como tudo passa Somos o que sobrou Da juventude fraca Que não lutou por nada