Buçal de doze, laço, maneia de trava Um basto quatro cabeça' com o selo Paysandú Pelego preto, cincha forte e rédea chata E o destino que se ata num bocal de couro crú Tropilha buena, tudo xucro de laçar Pro paisano acostumar c'o a lida bruta e as garras Golpe de potro que, pra o lombo, são foreios Depois, me apeio pra um costeio de guitarra No dia-a-dia, sem receio, eu alço a perna Quem me governa, me protege e me abençoa O resto, eu levo na coragem e na garganta E a espora canta quando a potrada encordoa Sou guitarreiro, sou domador Sou domador e guitarreiro, sim senhor Sou guitarreiro, sou domador Sou domador e guitarreiro, sim senhor A sorte, amigo, é a gente mesmo que faz Se for capaz, que um maula me prove o gosto Se queda manso no golpeio do serviço Meu compromisso, trago nas rugas do rosto Um céu pampeano e o largo das sesmarias E a pulperia pra o trago pelos domingos Sou da fronteira, guitarreiro e domador E o meu valor anda na boca dos pingos Faço cavalo desde quando me conheço E já amanheço enforquilhado campo afora Vida que prezo enquanto eu tiver tenência Canto a querência na guitarra e nas esporas Sou guitarreiro, sou domador Sou domador e guitarreiro, sim senhor Sou guitarreiro, sou domador Sou domador e guitarreiro, sim senhor Sou guitarreiro, sou domador Sou domador e guitarreiro, sim senhor Sou guitarreiro, sou domador Sou domador e guitarreiro, sim senhor