Meu tostado pôr de Sol Nasceu num final de tarde Cor de nuvem alaranjada Bem quando o dia se encarde Cor de saibro de mangueira De tijolo mal queimado Bem como disse o tio beto Cantando o pelo tostado Calçado nas quatro patas Rabicano e cara branca E uma várzea de Sol posto Debruçada, sobre a anca Tem a crina quase de palmo No pescoço encapotado E um voo de tesourinha Trocando orelha, parado E um voo de tesourinha Trocando orelha, parado Bagual, bagual se chama no nome Já bem diziam os antigos Que é pra ir se acostumando Fazendo o pingo um amigo Depois, depois se pega confiança Não tem lado pra chegar Não nega estrivo sentando Nem resolve corcovear Que fim de tarde bem lindo No lombo deste tostado Tostado não nega fogo Domado bem na paciência Pouco tirão, muito jeito Nesta campeira experiência Depois de uns quantos galopes De se estender na estrada Já anda pedindo freio No clarear da madrugada É desses pingos de estampa De cruzar a praça encilhado Batendo o casco na pedra Mascando o freio, entonado E também num campo aberto Na rédea, mostrar comando De cortar o rastro bem perto De laçar e deixar cinchando De cortar o rastro bem perto De laçar e deixar cinchando De cortar o rastro bem perto De laçar e deixar cinchando Bagual, bagual se chama no nome Já bem diziam os antigos Que é pra ir se acostumando Fazendo o pingo um amigo Depois, depois se pega confiança Não tem lado pra chegar Não nega estrivo sentando Nem resolve corcovear Que fim de tarde bem lindo No lombo deste tostado