Abre a janela do quarto Fixo os olhos no céu Pense em mim que eu penso em ti Pense em mim que eu penso em ti, não! Estranho todo dia a casa sem ninguém Saudades do quê? Saudades de quem? Se tudo que me deram foram flores mortas Mas mesmo assim eu as plantei aqui Tá chovendo lá fora Meu violão tá sem as cordas Essa bolsa nova machuca O meu humor tá igual a esse céu nublado Coração preso em uma arapuca Pássaro livre agora é pássaro preso Joguei uma moeda no poço dos desejos Uma criança pegou e fiquei feliz de ver Que meu desejo agora estava em mãos ingênuas Tudo o que me deram foram flores mortas e algemas Tudo que te deram foram flores mortas e algemas Tudo o que me deram foram flores mortas e algemas Tudo que te deram foram flores mortas e algemas Flores mortas, cores frias, mãos do tempo A cigana lia Lento vento balançam o lençol branco da varanda