Corpo a rebentar p´la terra que nos quer salvar E o mundo não entende esta canseira Custa-me a entender que é mesmo assim que tem de ser E mandam-me aceitar queira ou não queira Tanto hei-de dizer que alguém há-de entender Que à força não hei-de ir, eu À força não hei-de ir Não há-de haver ninguém que dite o mal e o bem Que à força não hei-de ir, eu À força não hei-de ir De pedra na mão se trava a força de um canhão Batalha desigual que dói na alma Força de um querer que o mundo afasta p'ra não ver Mas sobra-me a razão que não se acalma O tempo a passar, ouço a terra a gritar À força não hei-de ir, eu À força não hei-de ir Não há tempo a perder que o mundo há-de entender Que à força não hei-de ir, eu À força não hei-de ir