Inevitavelmente a monstruosidade se aproxima Se arrastando devagar em seu sadismo celular. Minhas lágrimas de dor queimam em meio a lisozima; Sou fagocitado e morto - miserável existir. Mil pedaços de desprezo, medo, horror, ódio e rancor Movem os seus pseudópodos; nutrem o monstro flagelado. Nada pode impedir meu desespero; o terror De compor a própria morte e ter meu grito eternizado. Tudo o que já fui um dia se perdeu e foi extinto; Cada resto de lembrança, tudo o que sobrou de mim. Sou disperso pelo espaço, citoplasma infinito; Toda a dor, toda a agonia torna-se absoluta enfim.