Desenho cidades, a balsa de medusa Penduro seus quadros, estradas e curvas Repartições frias, filas da burocracia Tanto acaso, tanto esquema Quem vai resolver o meu problema? Quero vagar à vontade nos caminhos da cidade Quero vagar à vontade nos caminhos da cidade Eu vejo cidades na multidão Homem, placas e olhos no chão A cidade com seus desenredos Sua grana e seus medos De bar em bar numa noite fria Procuro o lugar da poesia A cidade somos nós É a poesia concreta da nossa voz Quero vagar à vontade nos caminhos da cidade Quero vagar à vontade nos caminhos da cidade Da cidade eu vejo a banda passar A cidade é minha identidade Mar de gente querendo um lugar Solidão aos pares na cidade...