Dias Estranhos É irônico sorrir quando o vazio te atingir te mostrar a dor que não dói que mesmo de pé te faz cair mesmo deitado não vai dormir até tentado não vai agir cara a cara com um mundo absurdo que me faz reagir me faz reprimir o desejo e o que vejo o que odeio o que almejo que amo em um lampejo um monstro que sou eu mesmo até porque eu tô me fudendo pras respostas e perguntas monstruosidades alheias e pras mentiras todas juntas (fodam-se) ainda lembro e não me esqueço do começo preso na teia que teço será que essa porra é o que eu mereço? talvez um terço num quarto calado escondido fechado trancado isolado apertada no peito a fumaça que passa em um maldito cigarro fumado sabotado por mim talvez a esmo esmola e dor a escola não me ensinou mas a porra da rua me fez o favor me pôs em torpor mas que ironia ainda posso resistir eu não perdi a droga da fé mano ela que resolveu sumir Em dias como esse é que eu enxergo a imagem do ódio foda-se o pódio assim será o próximo episódio já que eu sou ovelha negra dos rebanhos acho que não existem ganhos são só dias estranhos já que em dias como esse é que eu não enxergo a esperança que se fodam os valores que eu aprendi na infância o mundo mostra a cada cena pros meus olhos castanhos que nada é o que parece nesses dias estranhos Tudo o que eu tenho é só uma vida será que uma hora o jogo vira? queria conhecer a verdade mas descobrir que ela é uma mentira descobri que ela é só minha ira disfarçada e vendada sedada e mortificada o tudo vale de nada na verdade nada vale num vale de sofrimentos mas não temerei mal algum além dos própios sentimentos sintomas psicossomáticos até que sua honra manche depois que tu perde a primeira parceiro tu vive pela revanche uma nova rima que cante me leve pra lugar nenhum se porra da vida fosse um jogo seria xadrez ou resta um anti-herói que resta pra salvar a si mesmo de si eu já nem sei te responder que é que eu tô fazendo aqui mas sei você também não sabe não tente se enganar é tipo em busca de um sentido e a busca me faz cansar só que não vou parar eu sei que ainda posso resistir porque eu não perdi a droga da fé mano ela que resolveu fugir Em dias como esse é que eu enxergo a imagem do ódio foda-se o pódio assim será o próximo episódio já que eu sou ovelha negra dos rebanhos acho que não existem ganhos são só dias estranhos já que em dias como esse é que eu não enxergo a esperança que se fodam os valores que eu aprendi na infância o mundo mostra a cada cena pros meus olhos castanhos nada é o que parece nesses dias estranhos Fellipe Dantas [F2L]