Ouvi mil vozes jogadas ao vento Dizendo coisas pra gente parar Como uma fera de dentes sedentos Gargalhando da minha falta de ar. Enquanto a gente desdenha do tempo Achando que o futuro vai esperar A gente conta com a sorte incerta Deixa pra depois o brilho do olhar Tem sempre a hora do tudo ou do nada Batendo à porta do que você fez Não adianta sair da sua casa Amanhã ela volta outra vez Dessas mil vozes só uma me move Uma voz baixa, difícil de ouvir Eu não espero estar à beira da morte Faço meu silêncio pra sentir.