Disseram que no rap tem que ter altura E que para ser homem tem que manter a postura Com o pé no chão a minha alma flutua Perdido mas a adolescência me procura Tô com Wu Tang no trem com suco tang No beat mais underground, honrando o Eminem Não tenho culpa, não tenho namorada Tenho um real no bolso e dois amigos que são Judas Eu tô no prédio dúvida perpétua O diabo me diz fica e o anjo me diz pula Quero ficar, pegar o seu telefone E lembro que no bolso eu tenho um base pra rodar Ah, assim não vai dar, mas quem sou mesmo eu pra me auto-me julgar? Tô na sua frente com uma rima dinâmica Entrei nessas pirâmides e conheci Atlântida Tô no xadrez preso por invalidez Depois de roubar um Chevette e atropelar um polonês Sinto uma náusea minha visão é turva Lembranças são enigmas que o presente censura Carona de fusca de volta pra Amsterdã Dois gole russo degustando uma maçã Baila minha querida por ti eu derrubo um rei Meu amigo é diabético e fica gritando, eu não fritei! Chapei, eu tô drogado Prensado asiático, humanos dentro de um cubo mágico Presumo que viverei mais de um milênio Ou posso ser idiota por pedir algo pro gênio Pisei no teu pé depois não pedi desculpa Sua mãe me xingou eu bati naquela puta Isso não é disputa de quem tem maior critério, até hoje sua existência é dada como um mistério Não sei porque Dalila traiu Sansão O amor era miragem, etapa de ilusão Nobre a realidade baseada em ficção, a verdade foi que Eva é fruto de imaginação E eu sigo na intuição me encontro na imensidão Gabriel na escuridão, feitiço de expansão Peço uma informação carona pra Venezuela Com ela, tô de pijama listrado na guerra Te acerto com adagas, cê me erra Flow de navalha cinco fases de uma motosserra Tô pique bomba nuclear União Soviética Não quero te julgar por não ter um verso com ética, na métrica Mal vê que não pensa então meça suas palavras Meu parça, contigo danço um sonho de valsa Na praça, sem querer eu causei tua desgraça Minha calça, melada de vermelho tá fantástica Na fuga dos gambé eu acendo uma Antarctica Tá quente pra caralho me escondo na Antártida Nog me procura por ter uma rima ardida Perseguição no Opala cena cinematográfica Depois, hum só praia e maconha Comer todas burguesa em Fernando de Noronha Tentei achar alguém mas não há quem se compare Malandro é malandro brinda a dose de Campari