-Isso é brasil, já é tarde na favela, e a visão turva Tricolores armados naquela curva -Ò a brisa esquece ela, mas só desce vela É que nela ta o alivio pra essa chuva -E o frio matou, e o sol secou toda agua que ainda tinha Cotidiano das criança em meio a quem vende, quem usa -É que, não há diferença praquele que rouba você com desvio Pro muleke assustado com uma quadrada debaixo blusa -Nem ativista, socialista, anarquista, essas fita Mas eu não vo sai da escola como robô sendo uma isca -Risca essas fita tudo Pois ha bandidos e bandidos de vários pontos de vista -Personalidade própria e respeito, a rua ensina Dos tempos que vinho era combustível pra umas rimas -Freestyle um salve a todas batalha de cada esquina Contra a política que julga conteúdo, disciplina -Acharam um culpado, tarde de sábado Pra rua um soldado, e pra estatísticas mais um -How, pra onde vou? Estados malucos Um mal comum na terra onde o lucro se instalou -Mas em meio a isso sei quem sou, porra Nos contratos, fatos, contatos, fracos, a vez chegou -Pois não acho que a minha mae merece essas filas E essas contas excessivas em uma vida em que ela tanto lutou -Declaro o início do corte nos corruptos Seja bem-vindo a mais um rap escrito em transporte público -Contra falsos no púlpito, vou quente no asfalto Eu só sou ladrão porque tomo sua mente de assalto -E não por roubar o que tem no seu leal cofre Se só possui dinheiro, o nobre é o real pobre -Sou o achado das vidas perdidas Coeso, odeio papo de 1 peso e 2 medidas -A palavra aqui não faz curva Distanciado do errado, portanto essa vai de lambuja -Única lavagem de dinheiro que fiz Foi quando esqueci 2 reais no bolso da minha calça suja -Eu to cheio desses coração vazio To cheio de ver expressão do que nunca se sentiu -Essa é pra aquele motorista cuzao Que me olhou com skate na mão e fechou a porta do busão e fingiu que não viu -E mesmo assim a gente espalha amor Não repara cor, na batalha to -De rap sou fazedor nenhuma falha dou Sou mais um trabalhador que trabalha a dor -E mesmo assim a gente espalha amor Não repara cor, na batalha to -De rap sou fazer nenhuma falha dou Sou mais um trabalhador que trabalha a dor -Olhando o caos de perto eu tento me distanciar De tudo aquilo que só me persegue a mente dá leg não sabe jogar -Onde quem serve pra matar: Vira delegado e ainda é aplaudido E quem serve pra ensinar: Deixado de lado e não reconhecido -Eu acredito que tudo vai mudar Então não fico triste se hoje o jogo não virar -Embora o tempo vai embora sempre é hora de mudar Não chora, espera fauna e flora um novo dia vai chegar -Eu vivo onde porcos ditam regra e tem pedra em todo lugar Em cada esquina um ponto de venda e os loko que quer comprar -Lucrar é o que importa na horta capitalista Mas eu to fora da lista, não vou me contaminar -O tempo mostra a real que te faz acordar Enquanto o homem cai do ceu as aves só querem voar -E ta perto de Deus não é tá em nenhuma seita Então vai acende as vela que minha oração tá feita -Acharam um culpado, tarde de sábado Pra rua um soldado, e pra estatísticas mais um -How, pra onde vou? Estados malucos Um mal comum na terra onde o lucro se instalou -Mas em meio a isso sei quem sou, porra Nos contratos, fatos, contatos, fracos, a vez chegou -Pois não acho que a minha mae merece essas filas E essas contas excessivas em uma vida em que ela tanto lutou