Ouvir minha voz Cantar pré, pós Por mim, por vós Cota pra nóis pros boys não é absolvição Tem certas coisa que me consome Discutir quem é dono do Rap Enquanto a quebrada ainda passa fome Eu represento meu nome e tem quem Não entende eu sei Mas sou tipo uma Monarca protegendo as Vice-rei Sigo minha lei, e os preto não perde a esperança E a gente só quer justiça Imagina se quisesse vingança Passado roubado não tem preço, pode ter medo A senzala aprendeu a ler e cota é só o começo Hipocrisia cria um Holiday E um Cunha acolhe Redução e opressão tem pra você escolhe Bela aparência, mas a alma é imunda tio Trabalho e resistência por trás Das minhas olheiras profundas Noites em claro, porém não paro Não deixo a léu Faço o meu corre eu não preciso de Princesa Isabel Cê diz que não é preconceito, é opinião diferente Combustível pra opressão que não para de matar a gente Mas irmão, sem depressão Tentaram nos enterrar Não sabiam que eramos sementes Ouvir minha voz Cantar pré, pós Por mim, por vós Cota pra nóis pros boys não é absolvição (Pôs liberdade em coma Em quatrocentos anos de escravidão Mais 115, racismo e morte Pros manos que vem e vão Treze de maio foi só um corte O Solte de um grilhão Ainda teve anos de luta E nem sei quantos virão Só Henriques relembra, Oxente! Não entende liberta a mente Emboabas, linha de frente Tombou negro valente É evidente, Brasil e a gente Se molda em revolução A tempos a gente sente Reflexos de evolução Ou não Simonal não pediu em vão Lutar mais por cada irmão De Ganga Zumba a Edu Barbosa Pela paz vários estão Num corre social alone Frisa as marcas que não some Nos braços, nas pernas, internas As retinas são como Domes Se até as nuvem quando é preta chora Não sei se rezo a Oxum ou a Nossa Senhora Sola rasgada, os pés na terra O Bantu é o canto que não emprega Segrega, Olhar de Tandera Que queima e relembra a sela! Ouvir minha voz Cantar pré, pós Por mim, por vós Cota pra nóis pros boys não é absolvição Ouvir minha voz!