Arruma a cangalha na cacunda Que a rapadura é doce mas não é mole não E genipapo no balaio pesa Anda, aperta o passo pra chegar ligeiro Farinha boa se molhar não presta Olha lá na curva a chuva no lagedo Quem foi que te disse Que a vida é um mar de rosas? Rosas têm espinhos, e pedras no caminho Daqui até a cidade é pra mais de tantas léguas Firma o passo, segue em frente Que essa luta não tem trégua Fica na beira da estrada quem o fardo não carrega A granel felicidade não custeia o lavrador Vamos simbora que essa estrada é muito longa E não há mais tempo de chorar por mais ninguém Lá na feira a gente compra, a gente vende A gente pede, até barganha aquilo que comprou E te prometo que depois no fim de tudo Na Quitanda da Esperança Eu te compro um sonho de açúcar mascavo Embrulhado num papel de seda azul Pra te consolar ôh Pra te consolar ôh Pra te consolar ôh Pra te consolar ôh