Samba de arerê pra você voltar Zona norte é Madureira Ando louco de saudade Olha o povo pedindo bis Ainda é tempo pra viver feliz Não subestime um filho de Xangô A recompor a vida O alujá ecoa forte no rum E o ylê de Ogum, convida O ídolo parceiro companheiro e irmão Símbolo maior do samba em minha geração Gênio, pai, herói no clarão da Lua cheia, Candeia Nos versos que ele semeou Gira bailarina seu eterno amor A porta bandeira frutos na tamarineira Lalaia laia laia Com o banjo no peito Sambista perfeito o mestre imortal Lalaia laia laia O samba agradece Floresce no fundo nosso quintal Aos olhos graciosos de Oxalá Serrinha marejou o seu olhar Que brilha na coroa imperial Um lume imponente e divinal Da lança de São Jorge protetor A esperança de um Quixote sonhador É voz dos humildes por um pedaço de chão Voz dos humildes por um pedaço de pão Favela de gente sofrida Mas que valoriza a própria raiz Aquela, que sente na pele as chagas da vida, a dor do país X-9 a cantar, conduz até seu lugar a luz Pra continuar, o show de Arlindo Cruz