Vendado, amordaçado E com nariz de palhaço O Inanimado á frente Do palco da vida Eis que o velhaco De riso sarcástico Aos bofetões o reanima O faz andar por um caminho torto De o nó ficar frouxo É um tombo atras do outro Arfando com a lingua para fora Com coleira no pescoço O mais tolos dos tolos Aceita tudo o que é imposto Abandonado a si mesmo Não percebe a sua luz. Preso a mão oculta que conduz E morre como se nunca tivesse vivido Cada vez mais a um boneco de ventríloquo