Um som de preto do gueto Não tem preconceito, fala do respeito ao preto do gueto Mostra a polícia matando malucos pelas ruas Várias capturas, na minha e na sua A linguagem é simples como deve ser E a idéia é honesta como tem que ser (her) Nas ruas vemos tiros, nas casas vemos fome Reflexos do ódio que ao preto ao pobre consomem Um som de preto do gueto Exige direitos que foram negados para todos pretos Quero caminhar pelas ruas calmamente Tranqüilamente, ser tratado como gente Aqui eu nada "valho" se não tenho dinheiro Cansei de ser otário, porque não sou herdeiro Isso aqui também é nosso, reclamar eu posso Abusar da expressão e o meu negócio Um som de preto do gueto Olha pra cadeia, mostra a coisa feia e avisa da teia Muita atenção pros manos que te querem junto Dos que estão de luto, de vários presuntos Choque no pau, garra 70, o cão Eu vi o belzebu de cassetete na mão Rindo e dando porrada, sem nenhum respeito Tudo isso é relatado por um preto do gueto Som de maloqueiro, função, som de drão Vocês escutam o som e eu faço a canção Um som de preto do gueto, Revolução Um som de preto do gueto, Revolução Um som de preto do gueto Deve prevalecer deve prevalecer, acredite em você Queimaram toda, toda, toda nossa história Mano, e agora? Essa é a hora Eu não tenho ódio, mas não sou otário Não obedeço regras, nem conto do vigário Quero o que é meu, não ligo pro que é teu Dê aos pretos o que é dos pretos em nome de deus Um som de preto do gueto Responsabilidade, criatividade rima com maldade Se não tem pão, ninguém aqui vai ter paz Não adianta chorar, pois a real dói demais Se eu fosse bonitinho e fizesse gracinha Você me idolatraria, de noite e de dia A real é diferente, ela é bem mais quente Click cleck-bum é o som do sobrevivente Um som de preto do gueto É coisa de louco, é coisa pra louco Ra-ta-ta, pipoco, como falar de paz, se sobrevivo na guerra Que é viver na terra ou morrer na terra Aqui não tem comida, ali não tem água Vou levando a vida superando mágoas De manos que se foram e do preconceito Esse é o alerta do preto do gueto Som de maloqueiro, função, som de drão Vocês escutam o som e eu faço a canção Um som de preto do gueto, Revolução Um som de preto do gueto, Revolução Um som de preto do gueto sem censura ou corte Resistência forte, puro hiphop Defendendo pobres, pois os nobres Só querem mais dinheiro No bolso e no banco, mais dinheiro A desigualdade é maior aqui Porque a burguesia fede é só pensa em si E eu assino em baixo, morô no que eu disse? Um som de preto do gueto fala a real Não é banal, informação é vital Bem natural, rap nacional Fundamental, isso é Potencial, não leve a mal Hébano é mais um preto do gueto Núbio é mais um preto do gueto James Lino é mais um preto do gueto DJ Roger é mais um preto do gueto Um som de preto do gueto E raça é protesto cru e honesto Meu manifesto Alivio pro tio ali que pede esmola A glória para o guerreiro rei quilombola Mostra a polícia que mata na favela Mostra a cocaína que acaba com a favela Mostra o crack que destrói a favela Tudo o que acaba, acaba com a favela Som de maloqueiro, função, som de drão Vocês escutam o som e eu faço a canção Um som de preto do gueto, Revolução Um som de preto do gueto, Revolução