Sou tijucano de fibra De uma cidade ricaça Sou peão barriga verde E não nego a minha raça Desde o dia em que eu nasci Até hoje que o tempo passa Trago meu santo no peito Que me serve de couraça Não existe potro chucro Que pra mim, faça pirraça Redomão entrega os pontos No laço de doze braça Quando eu faço gauchada Não tem quem me desfaça Nem no meio da ramagem Meu cipó não embaraça Eu sou pau pra toda obra Eu como e bebo cachaça Eu toco viola e canto E conto minha chalaça Já servi nosso governo Pois embarquei como praça Pra combater na Europa E defender minha raça Tudo que eu cismo eu faço Eu nunca temo ameaça Nos mato onde tem onça Eu gosto de fazer caça Não me assusta nem a morte Dos perigos eu acho graça Mas se eu ver mulher bonita Minha coragem fracassa Mas se eu ver mulher bonita Minha coragem fracassa