Caminhar a dois, só vai ser possível se for cada qual pelo próprio caminho. Antes que eu me perca na nuvem negra da sonolência vespertina E que adormeça sobre os cobertores ao som da vinheta do vídeo-show Eu que sou minhoca já morta trafegando entre a fome dos peixes do pesque-pague Preciso te dizer que nosso amor nunca foi fome Nunca foi sede Sempre foi tédio Sempre não foi Ele que nasceu como um sim à vida E que morreu como um talvez Numa tarde de sábado, peixe e tédio No pesque-pague do bairro Saraiva