Vives num bairro latino Tens a alma, a janela e o destino na mão Fazes do fado o teu hino Corres as ruas a sorrir de paixão Deixas-te a tua morada Não pudeste lutar contra a maré a subir Foste uma ave alada Que se afogou pelo céu a ruir Viajante do tempo Um tempo que não pára Perdido pelo vento Pela dor que não sara Viajante do tempo que não pára Soltaste o ser que nos grita Um poeta sem lua e uma sombra a mais Loucuras que ninguém acredita Desejos sem sonho por amar demais Fiquei sem saber o que sou Morri por um amor que não sei se existe De tudo o que fiz só restou Aquele sentir que ninguém já resiste Viajante do tempo Um tempo que não pára Perdido pelo vento Pela dor que não sara Viajante do tempo que não pára