É alta noite Eu estou sozinho vagando na rua Um boêmio triste Sem destino certo pelas calçadas No horizonte Vai se apagando o clarão da lua Mais uma vez Eu estou perdido na madrugada Em cada dose Que magoado por ela eu bebo É um espinho de dor que recebo Que me fere tanto, que me faz sofrer Quanto mais eu bebo Mais cresce a mágoa no meu coração Porque a bebida não mata a paixão Não adianta nada beber pra esquecer Todos os bares cerraram as portas A cidade dorme Reina o silêncio, a vida noturna Chegou ao fim Só eu não posso Conciliar o sono na angústia enorme A mágoa doída O desgosto imenso que existe em mim Em cada dose Que magoado por ela eu bebo É um espinho de dor que recebo Que me fere tanto, que me faz sofrer Quanto mais eu bebo Mais cresce a mágoa no meu coração Porque a bebida não mata a paixão Não adianta nada beber pra esquecer