Poetas sem Nome

Vento No Capinzal

Poetas sem Nome


Tom: D

(intro) Bm   G  A   D

    Bm                 G
A cidade devorando restos
 A                 D
cada sobra relembrando
Bm                     G
todo o passado engolido
A                     D
neste auto devorar.

Bm               G
Pó das eras rondando
    A              D
movimento de encontrar
    Bm             G
em cada passo de velho
   A                 D
mais um do tempo a soar.

Bm                   G
Moça que rompe a catraca
    A            D
tão linda a perfurar
    Bm          G
o coração que desaba
    A           D
e renasce a delirar.

G                       A
Noutro mundo a luz devora
    D                 Bm
a cidade nua e cega;
         G               A
sendo assim as sombras cantam
    D                 Bm
o que se perde ou se nega.

G                     A
Quem em mim velado chora
       D               Bm
por dentro do olhar rendido,
      G            A
que sente do capinzal
   D                   Bm
o vento no rosto esquecido?

G   A - (intro) Bm   G   A   D

    Bm              G
A sobrancelha enegrece
     A              D
da freira mais retraída
    Bm             G
que lê contido na reza
     A              D
o alto anjo ao seu lado.

    Bm                  G
Concreto em blocos lacrados,
   A                   D
trilhos saltando no escuro.
     Bm             G
De onde vem o desespero
     A             D
sem rota do infinito?

G               A
As escadas rangem e rolam
      D                 Bm
degraus visíveis por cima
     G                A
no inverso abaixo resvalam
      D              Bm
na vida em falso da sina.

     G              A
Argolas na boca e nariz,
      D              Bm
o rosto bruto que insiste...
          G          A
Quem sou eu neste horário
      D             Bm
tatuando o vagão triste?

(solo) G   A   D   Bm 
(fim) G   A   Bm