Eu nasci e me criei Na fazenda do patrão Trabalhando de vaqueiro Com meu cavalo alazão Até quando certo dia Deixei minha profissão Depois que abandonei Minha vida de vaqueiro Me despidi da fazenda E também do fazendeiro E fui morar numa cidade Lá do Rio de Janeiro Mais quinze anos depois Que eu morava na cidade Da fazenda comecei Sentir uma grande saudade Ai de rever a mesma Me deu enorme vontade Ai o meu automóvel Bem rapidinho peguei E para minha família Dessa maneira falei Vou visitar a fazenda Na qual tanto trabalhei Quando cheguei na fazenda Fiquei decepcionado O fazendeiro morreu O gado tinha acabado E o meu cavalo querido Tava velho e aleijado E a casa da fazenda Que antes era gra-fina Na qual morei muitos anos Com a minha severina Agora em vez de casa Era um montão de ruína A fazenda estava toda Completamente mudada Num covil de traficantes Ela estava transformada E vendo aquilo eu senti Uma tristeza danada Ai voltei para o rio Com uma dor no coração Por ter visto a fazenda Naquela situação E não voltei nunca mais Ao meu pedaço de chão