Quando o ano é bom de chuva No meu nordeste querido O sertão de ponta a ponta Fica verde e florido Não se transforma num céu Mas fica bem parecido A vegetação se cobre De folha verde e flores Dando sombra e abrigo Aos pássaros cantadores E também para as lindas Borboletas multicores A chuva molha a terra Dando um basta na poeira Os açudes cheios passam Sangrando semana inteira E os rios transbordando De barreira a barreira Num ano que chove bem Muito bem o sertão fica A mesa do sertanejo Cheia de comida rica Feijão-verde, milho assado Bolo, pamonha e canjica No ano bom de inverno Ninguém ver tristeza não As imagens que se vê Em todo nosso sertão São tão bonitas que enchem De prazer nossa visão É gado gordo pastando Nas pastagens do roçado E passarinhos cantando Na mata por todo lado Deixando o nordestino Cada vez mais animado No nascente um torreão De nuvens vai se formando Com o relâmpago se abrindo E o trovão rebombando Daí a pouco cai chuva Na terra tudo alagando Bode, ovelha e outros bichos Com frio tudo tremendo E com a força do vento As árvores tudo pendendo E o roceiro a Deus Pela chuva agradecendo Não há cenário mais lindo Do que o sertão chovido Os açudes tudo cheio O matagal bem florido E nuvens de várias cores Deixando o céu colorido Os agricultores indo Em procura do roçado Vendo os caminhos da roça Por mato verde tapado Orando e dizendo assim Oh meu Deus muito obrigado E na época da colheita Os agricultores vão Trazer da roça pra casa Milho, arroz e feijão Melancia, gerimum Batata-doce e melão No inverno o agricultor Sente o prazer de viver Em vez de ir ao mercado Comprar feijão pra comer Ele leva é os produtos Da roça para vender