Maria de Fátima era Uma mulher conhecida Por sua honestidade Também por ser decidida A ajudar qualquer pessoa Com coisa útil e boa Calçado roupa e comida Ela morava em uma Favela bem dominada Por traficantes de drogas E quadrilhas da pesada Morava com o marido Um filhinho querido E uma filha amada Ela o marido e os filhos Com drogas não se envolviam Se alguém falasse em droga Eles de perto saiam Não tinham um ponto falho Pois somente do trabalho Era que eles viviam Um dia o esposo dela Saiu para conversar Com uns amigos que ele Tinha ali no lugar Ela entrou em alvoroço Porque deu hora de almoço E nada dele chegar Ela pensou, ele bebe Tá é bebo por aí Eu vou ver se acho ele Pra trazê-lo para aqui Se ele não tiver mais vivo Eu não terei mais motivo Pra cantar nem pra sorrir Aí Maria saiu Andando pela favela E quando ela foi entrando Dentro de uma viela Vinha uma viatura Que estava a procura Dos traficantes ali dela Bem pertinho de Maria A viatura parou Um policial desceu E a ela perguntou Tá procurando o que? Maria toda a tremer Para o soldado falou Seu soldado eu estou Procurando craque agora E tenho que achar craque Rapidinho sem demora O craque me dar prazer Sem craque eu só sei viver Lamentando toda hora O soldado caladinho Logo algemou Maria E dentro do camburão Levou pra delegacia E olhando na cara dela O delegado pra ela Por essa forma dizia Dona Maria a senhora Estava craque procurando Explique agora pra todos Que aqui estão lhe escutando Sua resposta é necessária A senhora é usuária Ou vive é traficando? Maria sentiu um desgosto Que quase deu um ataque E chorando respondeu Pra o delegado Isaque Craque é o meu esposo Chamado Manoel Cardoso Mas conhecido por craque