O gibão foi inventado Para o vaqueiro usá-lo Montado no seu cavalo Correndo atrás de gado Por isso em verso rimado Eu digo com muito amor A senhora e a senhor E a qualquer um que me encara Gibão de couro é a cara Do vaqueiro aboiador Gibão de couro é camisa Que só o vaqueiro veste Só o vaqueiro do nordeste É quem do gibão precisa Onde o vaqueiro pisa É vestido sim, senhor No gibão que dá valor Como a uma joia rara Gibão de couro é a cara Do vaqueiro aboiador Quem vê qualquer brasileiro Um gibão de couro usando Fica logo assim falando Aquele cabra é vaqueiro Pode ser em Juazeiro Em Natal ou Salvador Pode ser no Equador Ou deserto do Saara Gibão de couro é a cara Do vaqueiro aboiador Com certeza o gibão Não dá certo no soldado Não dá certo em deputado E nem no chefe da nação Gibão não combina não No corpo do professor E nem no agricultor Que mata cobra de vara Gibão de couro é a cara Do vaqueiro aboiador Quando o vaqueiro vai Pra corrida de mourão Veste primeiro o gibão Monta no cavalo e sai Aí o seu velho pai Que é o seu genitor Diz: Tu vai ser vencedor E ele responde, tomara! Gibão de couro é a cara Do vaqueiro aboiador Quem olha pra um gibão Diz assim muito ligeiro Só parece com o vaqueiro E com outra coisa não Saja Mané, seja João Valdemar ou Antenor Seja Francisco ou Nabor Eliana ou Samara Diz, o gibão é a cara Do vaqueiro aboiador Quem nunca viu um vaqueiro Não sabe o que é gibão Pensa que é coisa do cão Ou então do estrangeiro Mas eu digo o tempo inteiro Aqui ou noutro setor O vaqueiro lutador De usar gibão não para Gibão de couro é a cara Do vaqueiro aboiador