Quando eu queria brigar Saía andando à esmo E eu dava até em mim mesmo Se não achasse em quem dar Fazia mudo falar E freira correr despida Padre ingerir bebida E ficar embriagado Eu fiz coisas no passado Que até um louco duvida Me casei com uma donzela Filha do velho Cartaxo Só que depois por macho Rapidinho troquei ela Um dia botei uma sela Na minha tia querida E lá pra Aparecida Viajei nela montado Eu fiz coisas no passado Que até um louco duvida Certo dia um esmolé Me pediu uma esmola Eu saquei minha pistola E dei lhe um tiro no pé Depois eu disse seu Zé Suma da minha guarida Ele correu na avenida Com o pé dependurado Eu fiz coisas no passado Que até um louco duvida Meu vizinho Juvenal Me pediu uma ajuda Dizendo assim me acuda Que eu estou passando mal Eu puxei foi um punhal Da lâmina bem cumprida E de forma desmedida Dei um golpe no coitado Eu fiz coisas no passado Que até um louco duvida Um dia eu fui me banhar No açude de Valdir Lá peguei a discutir Com um tal de Valdemar Comecei a lhe açoitar De forma enfurecida Me tornei um homicida Por que matei o afogado Eu fiz coisas no passado Que até um louco duvida Na cidade de São Bento Um pobre dum ancião Me pediu suco e pão Por estar sem alimento Lhe dei cocô de jumento E mijo de porca partida O ancião em seguida Faleceu empanturrado Eu fiz coisas no passado Que até um louco duvida Na cidade de Floresta Um cigano me enganou Aí eu disse assim eu vou É matar essa molesta Atirei na sua testa Uma pedra bem crescida Fez uma enorme ferida Na testa do desgraçado Eu fiz coisas no passado Que até um louco duvida Certo dia eu peguei Um bebezinho de um ano E dentro do oceano Bem rapidinho joguei Depois quando avistei A mãe dele entristecida Eu lhe disse assim bandida Seu bebê já é finado Eu fiz coisas no passado Que até um louco duvida