Como todos nós sabemos E isso é pura certeza Toda criancinha é Curiosa por natureza Tudo aquilo que ela ver Deseja logo saber E pra saber o que quer Começa a perguntar E só consegue se calar Depois que aquilo souber Hoje eu sou um poeta Sou adulto e sou feliz Graças a Deus o meu nome É conhecido no país Mas quando eu era menino Além de muito traquino Era também curioso Tudo, tudo eu perguntava E se a resposta ninguém dava Eu ficava bem nervoso Eu lembro que quando eu tinha Seis aninhos de idade Nós morava era no sítio Bem distante da cidade E lembro que certo dia Mamãe estava na pia Para a louça lavar Eu cheguei pertinho dela E rapidinho a ela Comecei a perguntar Ou mamãe quem é que dar A comida para a gente? Mamãe disse: “É Deus O grande Onipotente Que tem bondade sem fim” Aí eu disse assim E os presentes quem nos dar? Disse mãe: “Papai Noel Porque ele é fiel E gosta de presentear!” Quando mamãe disso isso Eu comecei a dizer Mamãe, quem nos traz ao mundo Quando a gente é bebê? Mamãe sem sentir vergonha Disse assim: “É a cegonha Que a todo bebezinho traz Porque ela não é ruim E ela trouxe tu pra mim E eu fiquei feliz demais!” Aí eu fui perguntei De modo todo inocente Ou mamãezinha e que é Que faz a gente Mamãe disse: “O bom Jesus Que mora nos céus azuis É quem faz a gente e cria Sem deixar nada faltar!” Aí eu pra terminar Pra mamãe assim dizia Ou mamãezinha se é Deus Que dar a comida a gente E se é Papai Noel Que dá para nós presente Se é Jesus que nos faz E a cegonha nos traz Quando a gente é bebê Como mãe e como amiga Agora mamãe me diga E o papai serve pra que?