Na cidade de São Paulo Certa vez num restaurante Um Paulista muito rico Estava com sua amante Sentados em uma mesa Tomando refrigerante Enquanto eles tomavam O refrigerante gelado O Paulista percebeu Que bem ali do seu lado Tinha um cabra nordestino Desses do chapéu virado Aí o Paulista querendo Ao nordestino humilhar Olhou pra sua amante E começou a falar Cabra do nordeste, amor É ruim pra se danar Você pode acreditar Minha querida amada Que cabra lá do nordeste Não vale mesmo é nada Cabra do nordeste não Tem valor duma cocada A mulher disse é mesmo? Cabra do nordeste é rim? Ele disse é ruim demais A ruindade é sem fim Cabra do nordeste é ruim Muito mais do que Caim O nordestino que estava Ali pertinho sentado Levantou-se da cadeira Feito um leão eraivado Puxou a peixeira e disse Ou seu paulista safado Por que é que tu falou Que cabra lá do nordeste Não Tem o valor de nada É ruim que só a peste Me explica agora por que Seu Pilantra, cafajeste! Eu sou cabra nordestino Valente feito caipora Repete o que tu falou Para a tua senhora Pra eu com essa peixeira Matar vocês dois agora O Paulista começou Logo a tremer sem parar E para o nordestino Disse assim a gaguejar Calma amigo, guarde a faca Que eu vou lhe explicar Quando eu disse a minha esposa Ana Maria da Paz Que cabra lá do nordeste É ruim até demais Não é o que você pensa É o seguinte, rapaz É que eu comprei uma cabra Que lá do nordeste veio E ao tirar o leite dela Senti um grande aperreio Que o leite que ela deu Não deu nem um copo meio