O vaqueiro nordestino Tem muita disposição Sua luta é pesada Mas ele não dixa não Mesmo pesada e faz Com prazer no coração Logo bem cedo do dia No crepúsculo matinal Ele está desleitando As vacas lá no curral Calçado com um par de botas De couro de animal Depois que tira o leite Com toda disposição Leva o gado pra pastar No roçado do patrão Montado no seu cavalo Que ama de coração Onde tiver vaquejada Ele entra na disputa Derruba o boi na faixa Com coragem absoluta E ganha medalha de ouro O símbolo da sua luta Enfrenta touro valente Por dentro dos matagais E aonde o boi entrar Correndo ele entra atrás Laça o boi com uma corda E para o mourão traz O vaqueiro se alimenta Com leite, queijo e coalhada Feijão com cuscuz de milho Nata boa e carne assada Por isso ele é disposto Na sua grande jornada O vaqueiro do sertão Não teme nem mesmo a morte Tem por morada a fazenda E o cavalo por transporte Ele só teme a Jesus Que é poderoso e forte Sua camisa é o gibão Sua calsa é a perneira Só usa chapéu de couro Durante a vida inteira E vaquejada pra ele É a melhor brincadeira O som que ele mais ouve É o chocalho do gado Sua música é forró E repente improvisado Sua piscina é um açude E sua escola o roçado Ele não deixa a fazenda Nem pelo Rio de Janeiro Não conversa com empresário E sim, com o homem roceiro Só namora e se casa Com filha de fazendeiro Eu agora finalizo Com toda satisfação Este poema no qual Eu fiz uma narração Contando em detalhe a vida Do vaqueiro do sertão