Sempre que eu desligo o telefone Eu volto a minha triste realidade sem você. Onde bruxas velhas e mães chatas Se contorcem todas tolas, se esticando para te ver. Nesse meu marasmo de solidão, Você já se foi... E agora manipulo a mim mesmo Nesse buraco que bem lhe cai, Que acidente cai... Ah..que falta faz a falta da pessoa? Quem inventou a minha alma à toa, Que sem história vaga por aí?... Ah.. a procura de um quadrado que lhe caiba, Uma prisão numa revista ordinária Onde as lágrimas só olhem para você... E nesse por-do-sol de dias pares, Tento enxergar o pouco que me resta a escolher. Por entre vozes roucas que me rasgam, Eu deslizo todo ébrio, todo tolo a perceber O distante que se cria para dentro De tudo que é seu... E minha mente nua sempre arde Por tudo que volta a ti Numa espera sem fim...