Devo admitir que já não sei fingir Adivinhar quem sou E que isso é inadmissível eu sei Vim lhe impedir de interferir No que não lhe compete E mesmo que estivesse em minhas mãos Honestamente eu não sei Se me rendo ou se deixo estar Eu quis lhe proteger Quis lhe prometer o agora Embora eu não saiba distinguir As armadilhas que sou predisposto a cair Sem mensurar a imensidão Que é estar sozinho Sem mensurar a imensidão Sob a lógica desenfreada Do desespero e ingratidão Essa breve ilusão de um futuro Fruto de outro agora já não nos cabe Somos sóbrios demais para notar O quão sombrio se tornou nossos anseios O quão óbvio esse desejo de ir além Nos fez andar em círculos Versículos, leis, dogmas e drogas Para anestesiar a culpa Pra despistar essa disputa diária De não sentirmos quem somos De enxergar que não somos os donos daqui Quem mais Queremos ultrapassar